quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cheirinhos da infância

Ainda me lembro do cheirinho da casa dos meus avós... Toda casa tem um cheiro. A casa onde eu morava quando criança tinha um cheiro, a da minha tia tinha outro, a de cada amiga tinha o seu! Ficaram na memória! Eu me lembro da casa e o cheiro vem junto! Saudades!!!!

Hoje, tenho a minha casa e ela tem um cheirinho que eu adoro! Fico pensando se meu sobrinho, daqui a uns anos, pensará "Huuum, cheirinho de casa da tia Lu"...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Teoria da preservação do corpo

Estava observando as crianças nas aulas desta semana, quando percebi algo interessante. Nos primeiros contatos com o colchão (o "famoso" colchão azul, que funciona como ímã de crianças. Todas que chegam perto são rapidamente atraídas e elas se jogam no bendito colchão), a criança faz uma cambalhota ou rola de lado, tudo muito comportado. Conforme o tempo vai passando e a criança vai confiando mais naquele material (e nela mesma), nós, adultos, começamos a entrar em pânico. Elas começam a fazer mortais e estrelas, que eu chamaria de "cadentes"... Coisas malucas, para o nosso desespero!


Vamos ficando adultos e medrosos. O corpo é sábio. Precisamos ter medo daquelas piruetas, porque senão o nosso corpo, já endurecido pela idade, não suportaria uma queda. Essa a minha teoria da presevação do corpo. O único problema dessa sabedoria do corpo é quando ela é usada em crianças... A criança deve ter medo, mas o medo dela, não o nosso! Vamos deixá-las brincar no colchão, no sofá, na parede da sala...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Menino do farol

Numa noite dessas, enquanto esperava o farol abrir, encostou no meu carro um pequeno garoto que deveria ter uns 6 anos. Estava vendendo chocolates e começou:
- Chocolate?
- Não, obrigada...
Então, ele insistiu:
- Aceito dinheiro, vale, cheque, cartão de crédito...
Cartão de crédito! Olhei para ele e ri. Ele deu um sorriso maroto. Não vendeu o chocolate, mas conseguiu chamar a atenção.
Não vou entrar aqui na discussão da esmola, do trabalho infantil e da pobreza. Apenas quis contar a história desse menino que esperava, pelo menos, um olhar mais atento para ele, assim como muitas outras crianças que passam pelas nossas janelas...