Feliz Natal!!!!

Véspera de Natal, esperando a ceia e a hora do Papai Noel chegar com a sua bicicleta, Nando diz:

- Vamos acender os vagalumes!

E corre em direção à árvore de Natal para acender os vagalumes coloridos!

Desejo a todos um feliz Natal, iluminado de vagalumes coloridos!!!!

Cheirinhos da infância

Ainda me lembro do cheirinho da casa dos meus avós... Toda casa tem um cheiro. A casa onde eu morava quando criança tinha um cheiro, a da minha tia tinha outro, a de cada amiga tinha o seu! Ficaram na memória! Eu me lembro da casa e o cheiro vem junto! Saudades!!!!

Hoje, tenho a minha casa e ela tem um cheirinho que eu adoro! Fico pensando se meu sobrinho, daqui a uns anos, pensará "Huuum, cheirinho de casa da tia Lu"...

Teoria da preservação do corpo

Estava observando as crianças nas aulas desta semana, quando percebi algo interessante. Nos primeiros contatos com o colchão (o "famoso" colchão azul, que funciona como ímã de crianças. Todas que chegam perto são rapidamente atraídas e elas se jogam no bendito colchão), a criança faz uma cambalhota ou rola de lado, tudo muito comportado. Conforme o tempo vai passando e a criança vai confiando mais naquele material (e nela mesma), nós, adultos, começamos a entrar em pânico. Elas começam a fazer mortais e estrelas, que eu chamaria de "cadentes"... Coisas malucas, para o nosso desespero!


Vamos ficando adultos e medrosos. O corpo é sábio. Precisamos ter medo daquelas piruetas, porque senão o nosso corpo, já endurecido pela idade, não suportaria uma queda. Essa a minha teoria da presevação do corpo. O único problema dessa sabedoria do corpo é quando ela é usada em crianças... A criança deve ter medo, mas o medo dela, não o nosso! Vamos deixá-las brincar no colchão, no sofá, na parede da sala...

Menino do farol

Numa noite dessas, enquanto esperava o farol abrir, encostou no meu carro um pequeno garoto que deveria ter uns 6 anos. Estava vendendo chocolates e começou:
- Chocolate?
- Não, obrigada...
Então, ele insistiu:
- Aceito dinheiro, vale, cheque, cartão de crédito...
Cartão de crédito! Olhei para ele e ri. Ele deu um sorriso maroto. Não vendeu o chocolate, mas conseguiu chamar a atenção.
Não vou entrar aqui na discussão da esmola, do trabalho infantil e da pobreza. Apenas quis contar a história desse menino que esperava, pelo menos, um olhar mais atento para ele, assim como muitas outras crianças que passam pelas nossas janelas...

Como conversar com crianças...

Conforme os anos foram passando, aprendi que algumas palavras não fazem muito sentido para as crianças ou têm outros significados ou, simplesmente, não existem... Por exemplo, dizer "andar" é o mesmo que "correr". "Não" não existe! Elas ouvem apenas a palavra seguinte: "não corram!", elas ouvem "corram"! Com o tempo, a gente descobre como conversar com elas...

Sabe aquele gato do comercial, que ouve a dona conversando com ele: "bla, bla, bla, bla, Whiskas Sache! Bla, bla, bla, Whiskas Sache". Acho que algumas crianças são assim: "bla, bla, bla, brincar, bla, bla, bla, bla, brincar", enquanto eu estou falando: "parem de brincar e venham para a roda. Depois vocês vão brincar...". Bom, todos nós temos ouvido seletivo, não?

As crianças parecem ouvir com os olhos e ver com as mãos! Nas explicações, é sempre bom falar com o corpo, para as crianças "ouvirem" com os olhos. Elas são ótimas observadoras. E quando algo novo aparecer, elas vão querer ver muito bem! Vão colocar as mãos para ver melhor, ué? Por isso, exposições em que as crianças podem tocar são tão legais!!! Bruno Munari que o diga!

Teorias infantis

Eu adoro ouvir as teorias das crianças sobre a vida e o mundo. Algumas crianças perguntam por que meu olho é puxado. A teoria mais interessante que ouvi foi de um menino de 7 anos.

-Prô, você nasceu com o olho puxado?
- Sim! Você achava que eu tinha nascido com o olho redondo?
- É!
- Mas... E aí? O olho vai puxando?
- É!
- Nossa, então quando eu estiver velhinha, meu olho vai estar fechado, de tão puxado!
- Não, né! Uma hora para de esticar!

Dã! Como não pensei nisso! A gente para de crescer e o olho para de puxar!!! Claro!

A alegria de brincar

Estava olhando algumas fotos que tirei durante minhas aulas (dou aulas de educação física para crianças de 5-6 anos). Comecei a reparar no "poder" do pega-pega. Tirei foto das crianças "em ação" nas minhas 16 turmas. Em TODAS as fotos, sem exceção, as crianças demonstravam uma alegria contagiante, daquelas que a gente olha e começa a sorrir, também! Achei incrível, porque reparei em como as crianças correm rindo! É muita energia naquele pequeno corpo!

Curiosidade infantil

Sou tia de um lindo menino que acabou de completar 2 anos. Adoro recebê-lo em casa e sempre tento deixar tudo limpinho, porque sei que algumas coisas vão parar na sua boca, outras na comida ou no copo d'água... Mas a curiosidade infantil é muito maior do que qualquer limpeza! Ele sempre encontra aquele cantinho escondido, justo aquele que a gente limpa de vez em nunca! Ser criança é tão bom, não?

Por que escrever sobre as crianças?

Existem inúmeros motivos para escrever sobre as crianças, mas o meu surgiu enquanto pensava (e enlouquecia) sobre minha monografia de especialização. O tempo todo observo e ouço as crianças... Sou tia e professora, estou em contato constante com crianças e a cada dia elas me surpreendem com sua sabedoria peculiar. Resolvi escrever para não esquecer e para compartilhar essas maravilhas!

Pra começar...

A MELHOR DEFINIÇÃO DA PALAVRA “FRÁGIL”
Durante a explicação de uma atividade, comentei com as crianças que, naquele dia, elas usariam uma bola de isopor, muito leve e frágil. Frágil? Será que conheciam essa palavra? Resolvi perguntar:

‒ Pessoal, vocês sabem o que significa “frágil”? O que é um material frágil?

Algumas mãos se levantaram para responder:

‒ Que é fraco!
‒ Que quebra fácil!

De repente, os olhos de um menino brilharam, como se uma grande idéia surgisse na cabeça dele e, todo entusiasmado e sério, falou:

‒ Móveis das Casas Bahia!!!!


MELHOR “NOME” PARA O DESODORANTE
Após a aula de educação física, entre as crianças suando e pulando, um menino vira-se para mim e comenta:
‒ Professora, para não feder a gente tem que usar “fedosorante”, né?
Então, outra criança o corrige:
‒ Não! É “dosodorante”!